quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Lilly Daché, Milliner de Luxo


Natural da França, Lilly Daché foi a mais celebrada milliner dos Estados Unidos durante as décadas de 30 e 40. Nesse período, o chapéu era a peça central do vestuário feminino. Daché moldou toda uma geração de mulheres. Ensinou-as como acessorizar-se e enfeitar-se. A proeminente designer de chapéus, vestiu toda aquela era de estrelas hollywoodianas, e tornou-se sinônimo de estilo.

Um dos designs de Daché, em pele.

O New York Times comentou no obituário de Daché que, durante a Depressão, "a mulher com pequeno poder aquisitivo tendia a comprar chapéus ao invés de roupas". Na década de 40, a demanda de roupas diminuiu por causa da Segunda Guerra Mundial, e chapéus continuavam a ser vendidos, pois esses mostravam status.
Os selvagens/criativos chapéus de Lilly eram cobiçados pelas mulheres que consideravam estilo importante. Suas criações, objetos de status. Estrelas de Hollywood como Greta Garbo, Marlene Dietrich, Carmen Miranda, e Jean Harlow eram clientes assíduas de sua marca.

Um dos designs de Daché, em tweed

Daché, em tempos, podia ser tão flamboiante quanto seus designs. Segundo um de seus biógrafos, Lilly frequentemente conduzia negócios de sua cama, ditando cartas, comprando materiais, criando novos modelos de chapéus, entrevistando empregados, enquanto envolta por um roupão felpudo de estampa de leopardo. Por vezes, organizava reuniões de equipe em seu banheiro. Dava ordens a seus empregados ao mesmo tempo que tomava um de seus longos banhos de banheira.
Uma de suas mais famosas citações foi: "Eu gosto de lindos sapatos de salto, de cores chamativas, com grossas plataformas. Gosto de jóias extravagantes que balançam quando eu ando, e eu gosto de brincos enormes. Eu sou Lilly Daché, milliner de luxo."

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Turbante Notável


Carmen Miranda, ou Maria do Carmo Miranda da Cunha, foi uma atriz e cantora, que ficou marcada por seus balangandãs, penduricalhos e turbantes extravagantes. Sua carreira aconteceu entre Brasil e Estados Unidos, entre as décadas de 1930 e 1950. Começando sua história no rádio e no teatro de revista, evoluiu para o cinema e a televisão.

Na adolescência Carmen Miranda trabalhou como aprendiz de chapeleira na Maison La Femme Chic de Madame Boss no centro do Rio de Janeiro, onde aprendeu a confeccionar chapéus . Já famosa, na década de 1930, e dominando esse ofício, Carmen confeccionava seus próprios chapéus e lançava moda.


Em 1938, Carmen estreava no Cassino da Urca com "Uma Nova Baiana", criada por J. Luiz com losangos modernistas em veludo de várias cores. Em Hollywood seus turbantes foram também decorados, com flores, laços de fita, plumas, sombrinhas, bananas e brinquedos. Com Ivonne Wood criou um tipo de arranjo de cabelo específico em forma de volutas, que se adaptava em qualquer penteado. Outra famosa milliner que prestou seus dotes para adornar a cabeça da Pequena Notável, foi Lilly Daché.


Nesse dia 05 de agosto, comemoramos 58 de morte de Carmen Miranda. Assim, aqui fica nossa homenagem, para a primeira artista brasileira, que obteve expressiva projeção internacional.

Sexta-Feira Vintage!


Margot Graham e Wallace Ford, em "The Informer", de 1935.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

O Cloche


No início do século XX, o cloche era a última moda. O cloche é um chapéu feminino em formato de sino. Continua o debate se a milliner parisiense Caroline Reboux (1837-1927), bem no final de sua carreira, em 1928, foi a primeira a lançar o dito modelo de chapéu.  O cloche era perfeito para enfatizavar a androginia liberada na Nova Mulher, já que ela começara a experimentar privilégios masculino. De qualquer forma, não resta dúvida de que Reboux ajudou a populariza-lo.

O Cloche tornou-se popular durante a dec. de 20. Ele já tinha se tornado parte do vizual melindrosa, ao lado do cabelo curto, dos lábios intumecidos e do vestido chemise de corte reto. E, continuou em voga até meados da dec. de 30. Maisons Couture como Lanvin e Molyneux juntaram-se a ateliers de millinery, para a manufatura de chapéus que combinassem exatamente como os designes fabricados por eles. 

Joan Crawford e seu chapéu "cloche".

Os cloches chegaram a ditar até os penteados da época. Os cortes e penteados eram determinados, de forma que complementassem o formato do chapéu. O corte de cabelo bem baixinho, "Eton crop", como o de Josephine Baker, e o famoso "à la garçonne", de Louise Brooks, eram perfeitos para acentuar a nova moda.

Os chapéus cloche eram normalmente feitos de feltro, assim, ele se moldava perfeitamente a cabeça. Usado bem justo e enterrado na cabeça até rente aos olhos, o cloche enfatizava o ar presunçoso do estilo flapper, a reputação de predadora de homens, obrigando a usuária a manter sua cabeça erguida. Anos mais tarde, algumas designers lançaram cloches de verão, feitos de palha ou sisal. Cloches eram também feitos de renda e missangas para a noite, usados em festas ou para sair para dançar.

Josephine Baker usando uma chapeuzinho "cloche".


O chapéu cloche dos anos 1920, recebe um tratamento Art Deco. Normalmente usado simples, sem adornos, na  dec. de 20, o chapéu ganhou enfeites e adornos, que variavam de apliqués, bordados, broches, jóias, lenços e penas. Já no final da dec. de 20, tornou-se comum, virar a pequena aba do chapéu virada para fora. Essa forma de usar o chapéu se tornou comum até mais ou manos 1934, quando o cloche se tornou obsoleto.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Coquette



www.brunatranjan.com

Mais Um...


Natalia Klein usando mais um de nossos chapéus,
mais uma vez, no Prêmio Multishow de Humor.

Chapéu "Margo LeBlanc"

Dêem uma olhadinha no site: www.brunatranjan.com

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Agora, no Prêmio Multishow de Humor!


Geeeente!
Natália Klein desfilando mais um de nossos chapéus!

Chapéu "Ruby Nolan"

... dessa vez, no Prêmio Multishow de Humor!

P.S.: Meninas, esse chapéu é novo, ainda não está no site. Ele vem na segunda parte da nova coleção.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

quarta-feira, 31 de julho de 2013


Natália Klein com mais um de nossos chapéus...



Nessa última temporada de "Adorável Psicose", a atris Natália Klein desfila alguns de nossos chapéus. Esse da foto é o modelo "Minnie Howard". Uma casquete estilo boininha francesa, azul-marinho, super versátil e simples, perfeita para o dia a dia. Amamos!!!




Nome: Minnie Howard
Diâmetro: Aproximadamente 14 cm
Características: Chapéu de feltro azul-marinho. Esse chapéuzinho é uma referência direta às boininhas francesas.


Dêem uma olhadinha no site: www.brunatranjan.com


Look do Dia


Adoro esse look com o chapéu "Lola Lombard"...





Nome: Lola Lombard
Diâmetro: Aproximadamente 12 cm
Características: Chapéu de feltro preto, coberto com cordão, também preto, trançado.


Chapéu "Lola Lombard"


quarta-feira, 10 de julho de 2013

Chegou a Segunda Coleção!!!


O chapéu, o mais emblemático dos acessórios, é uma atração à parte. Glamouroso ou utilitário, foi por séculos elemento obrigatório do vestuário. Hoje, usar chapéu reforça o estilo individual da mulher, completa o look, seja ele romântico ou exuberante, luxuoso ou básico. É nessa profunda admiração e paixão pelo universo do chapéu que a estilista Bruna Tranjan lança sua segunda coleção.



A segunda coleção foi inspirada no glamour da década de 20. Ela revive um momento romântico, nos transporta para uma outra época, um tempo em que os minutos eram mais lentos e as horas eram mais longas. Todos os itens são exclusivos, únicos e feitos à mão, nos moldes de antigamente. Venham conhecer essa nova viagem.


Chapéu Gilda Ricci


Equipe Realizadora:

Designer: Bruna Tranjan
Modelo: Julia Stockler
Fotografia: João Atala
Figurino: Ana Carolina Lopes
Dir. de Arte: Constanza de Córdova
Beleza: Loeni Mazzei
Assist. Fotografia: Mike Atallah

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Preview


Gostinho da próxima coleção que esta saindo do forno...

Julia Stockler, com chapéu Sonia Kovac

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Corridas de Royal Ascot



A Royal Ascot é uma das mais famosas reuniões de corridas de cavalos do Reino Unido. As primeiras corridas datam de 1711, quando o evento foi inaugurado pela Rainha Anne, e, é comumente associado à Família Real Inglesa, pois o circuito se localiza à aproximadamente 10 km do Castelo de Windsor.

Todo ano, Rainha Elizabeth e membros da Família Real atendem ao evento. São cinco dias de corrida e o sexto é dedicado ao desfile dos cavalos ganhadores. A Royal Ascot é um dos eventos mais badalados do calendário da alta sociedade britânica.


Cada dia da Royal Ascot é um desfile extravagante de chapéus. Um mais ostentoso que o outro. Muitas vezes, os trajes dos convidados roubam a cena das corridas, fazendo com que a mídia preste mais atenção nos chapéus mirabolantes do que nos cavalos e seus jóqueis.

Esse ano, o evento acontece entre os dias 18 e 23 de junho. Estamos esperando ansiosas pelos incríveis chapéus que são tão característicos da tradição britânica. Postaremos algumas fotos das esculturas de cabeça que serão desfiladas pelas mulheres mais ricas do Reino Unido. Esperem e verão!

quarta-feira, 22 de maio de 2013

O que é Casquete?!


Casquete é um termo empregado, desde o final do século XIX, para designar um chapéu sem abas, de formato redondo ou oval, com as laterais retas e a copa baixa e achatada (ou levemente convexa). O chapeuzinho é normalmente adornado por plumas, laços e/ou tule. De origem militar e do vestuário masculino, ele tornou-se comum mais tarde como adereço feminino de cabeça. Utilizados também por noivas, o pequeno chapéu é associado ao luxo e ao glamour dos anos 20, 30 e 40.

Chapéu ou Casquete Lucille Ball

Nos dias atuas, mulheres que aderiram as modas retro e pin up, ainda o utilizam, o que deixa o estilo ainda mais característico. Então, podemos dizer, que nossos pequeninos chapeuzinhos são casquetes, apesar desse não ser nosso termo favorito. Então, usem e abusem deles, seja para eventos especiais, ou apenas para dar um toque especial e exclusivo ao sue visual, ou seja qualquer ocasião. Especialmente, se você é super romântica e ama um vizu ultra feminino.







quarta-feira, 24 de abril de 2013

De Onde Veio a Expressão: " Louco Como um Chapeleiro"?



"Louco como um chapeleiro" é uma expressão usada para referir-se a pessoas loucas. Entre os séculos XVIII e XIX, mercúrio era usado na fabricação de feltro, feito de pele de coelho, que era usado para manufaturar os chapéus da época. 

As pessoas que trabalhavam nessas fábricas, eram expostas diariamente a vapores de nitrato de mercúrio, que é extremamente tóxico. O nitrato era inalado e também absorvido pela pele. Além de danos aos pulmões, os vapores causavam danos cerebrais.

Muitos dos trabalhadores que eram afetados, desenvolvia formas de demencia. Eles sofriam de severas convulsões, paralisias, perdiam a memória, e se tornavam mentalmente desorientados. Daí veio a expressão que se tornou uma forma popular de se referir a pessoas insanas.

Johnny Dep como o Chapeleiro Louco

Lewis Carroll escreveu "Alice no País das Maravilhas" em 1865. A história revolve-se em uma menina que cai em um buraco de coelho e entra num mundo de fantasia. Um dos personagens é o chapeleiro. Ele é tratado como o chapeleiro louco, porém, Carroll nunca se referiu a seu personagem dessa forma.

A expressão "louco como um chapeleiro" precede a obra do autor. Mas Lewis Carroll conhecia a expressão e no capitulo 7 do livro, ele festeja "A Mad Tea-Party" ("Um Chá de Loucos").


quarta-feira, 10 de abril de 2013

Definição de Casquete


Casquete é um termo empregado, desde o final do século XIX, para designar um chapéu sem abas, de formato redondo ou oval, com as laterais retas e a copa baixa e achatada (ou levemente convexa). O chapeuzinho é normalmente adornado por plumas, laços e/ou tule. De origem militar e do vestuário masculino, ele tornou-se comum mais tarde como adereço feminino de cabeça. Utilizados também por noivas, o pequeno chapéu é associado ao luxo e ao glamour dos anos 20, 30 e 40.

Chapéu Sarah Bernhardt

Nos dias atuas, mulheres que aderiram as modas retro e pin up, ainda o utilizam, o que deixa o estilo ainda mais característico. Então, podemos dizer, que nossos pequeninos chapeuzinhos são casquetes, apesar desse não ser nosso termo favorito. Então, usem e abusem deles, seja para eventos especiais, ou apenas para dar um toque especial e exclusivo ao sue visual, ou seja qualquer ocasião. Especialmente, se você é super romântica e ama um vizu ultra feminino.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Mr. John, o Grande Chapeleiro de Hollywood


Mr. John (John P. John, 1902-1993) talvez tenha sido o maior gênio da chapelaria cinematográfica, capaz de evocar traços de personalidade e temperamento, de proporcionar foco e drama, como também uma textura cinematográfica sedutora.

Provavelmente, o mais icônico de seus chapéus seja o usado por Lili, o papel de Marlene Dietrich, em "O Expresso de Xangai" (1932). Quando Marlene aparece pela primeira vez, ela está na estação ferroviária, e seu adorável cloche, revestido de plumas negras e com um severo véu, é quem rouba a cena.

Marlene Dietrich, como Lili, em "O Expresso de Xangai", de 1932


A forma dura e lustrosa do chapéu e o véu, como um visor, sugerem de imediato a independência, a indiferença e a enigmática personalidade da personagem de Dietrich. Mas não é só isso. Assim que o filme "entra" no trem, os significados do chapéu evoluem, revelando a tremula vulnerabilidade de Lili.

Mr. John continuou a criar  chapéus para Hollywood durante mais quatro décadas, mais notadamente para Vivien Leigh em "E o Vento Levou" (1939), gerando assim, uma afetuosa clientela para seu bem-sucedido negócio em Nova Iorque, estabelecido em 1948.

terça-feira, 5 de março de 2013

Behida Dolic, Milliner


Behida Dolic nasceu em um pequena vila ao norte da Bósnia em 1982. Behida foi criada entre artesãos. Uma comunidade variada, formada por marceneiros, costureiras, mestres em tapeçaria. Foi lá onde Behida iniciou-se em sua arte, onde aprimorou suas habilidades.
Depois da guerra da Bósnia, mais ou menos em 1996, a milliner mudou-se para os Estados Unidos. No ano 2000, ela viajou para Florença, Itália, para estudar belas artes. Nesse período, a jovem Behida descobriu e se apaixonou pela moda americana da vira do século XX.

Behida Dolic em seu atelier, em São Francisco

Foi a partir de então, que Behida começou a fazer, à mão, chapéus cloche. Em 2003, Behida volta para os Estados Unidos e se estabelece em São Francisco, para terminar sua formação no San Francisco Art Institute. Desde então, a milliner faz os mais lindos cloches drapeados feitos à mão. Certamente, uma de minhas designers contemporâneas favoritas!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Os Chapéus e o Cinema



O chapéu, como nenhum outro item do vestuário, tem o poder de transformar o indivíduo. Ele pode mesclar-se com o seu usuário e com a identidade deste de forma extraordinária, um acentuando o outro.

Por isso, figurinistas usam e abusam do acessório na construção de personagens, sejam eles de teatro, televisão ou cinema. A indústria do entretenimento explorou a moda para criar glamour e espetáculo, enquanto a moda usou para gerar desejo.


Alguns chapéus se tornaram símbolos icônicos de personagens, assim como de determinadas geraçãoes.


Em 1939, o designer Gilbert Adrian criou chapéus inesquecíveis para o filme "As Mulheres". Com um elenco integrado exclusivamente por mulheres, Adrian apresentou uma gama de chapéus, do clássico ao bizarro.


Chapéus de Gilbert Adrian, para o filme "As Mulheres", de 1939.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Um Gostinho da Nova Coleção ♥


Geeeeeeeeeente!!!

Natalia Klein, de "Adorável Psicose", arrasando
com um modelo novo de nossos chapéus!
Um gostinho da nova coleção. ♥

Chapéu  Betty Lou Spence